A discussão do estágio supervisionado em Serviço Social não está desvencilhada do debate sobre a precarização do mundo do trabalho, da precarização de direitos sociais e da Educação no Brasil, sobretudo, das contradições e desafios que emergem o acesso ao ensino superior brasileiro, quando, em 2022, um total de 2595 Instituições de Ensino Superior existentes, correspondem a 88% de natureza privada.Na cena contemporânea, frente aos contínuos ajustes das relações do modo de produção capitalistas, a preponderância reflete o acirramento da face lucrativa, determinantes que existem e que perpassam desde a educação básica sucateamento do ensino se mantém no ensino superior dentro da lógica do capital financeiro, transformando a educação em mercadoria e estudantes em clientes.Para a classe trabalhadora, muitos desafios estão colocados, portanto, para o exercício profissional da/o assistente social, constitutivo dela, não seria diferente, e isso se rebate nos diversos espaços sócio-ocupacionais e, também, na academia, principalmente, nas IES privadas.Para cercar seu objeto, Andreia Agda percorreu e se debruçou nas discussões que as precedem, buscando na raiz, o que vai denominar de nós e classificar como dilemas da supervisão de estágio, privilegiando o diálogo com supervisoras/es acadêmicas/os na busca por conhecer e compreender a partir de três vertentes, como é visto, concebido e operacionalizado o estágio supervisionado em Serviço Social, sobretudo, capturando não apenas a compreensão dos desafios e possibilidades, mas resposta para sua pergunta norteadora.Qual é o lugar do estágio supervisionado no processo de formação profissional?Esta obra vem publicizar os resultados da pesquisa de doutorado intitulada Perspectiva da centralidade do estágio supervisionado em Serviço Social: questões presentes e latentes, defendida no ano de 2016, mas também, retomar e renovar (2024) as discussões e reflexões atinentes, ainda tão presentes e latentes quanto nos 8 anos que precedem sua publicação.Tocada e compromissada com a perspectiva de descortinar a centralidade do estágio supervisionado na formação profissional e contribuir com a ampliação do debate, a autora busca no campo do coletivo, encontrar atalhos para uma materialização concreta e de qualidade, recuperando a história e provocando com questões do tempo presente.